Obviamente
quem estava torcendo contra ou não estava presente à inauguração do Estádio do Sport
Club Corinthians Paulista, no bairro de Itaquera – zona leste paulista-, no
final da tarde daquele domingo, décimo oitavo dia do mês das mães, ouviu, leu e
viu inúmeras imagens de televisão. O chamado time do povo bem que precisava de
uma casa, mais essa imensa torcida merece um pouco mais de respeito.
Bem
verdade que os transportes públicos funcionaram como nunca visto antes no
trajeto Centro/Zona Leste. Segundo quem esteve e usou trens, metrô e ônibus, tiveram
até a chance de viajarem sentados e sem aperto. E houve quem também reclamasse
de que a decantada babaquice de descer do transporte público na catraca de
estrada do estádio, como afirmou um simpático cidadão que já lustrou as
poltronas do Palácio do Planalto.
Neste
turbilhão de informações fiquei a observar alguns pequenos detalhes, ao longo
do trabalho de cobertura alguns profissionais da mídia não conseguiram concluir
aquela ou outra ligação de telefone, os que tentaram mandar imagens para a sede
dos órgãos de imprensa, ou publicar nas redes sociais não lograram êxito, porém
entendi que estavam a fazer uso dos equipamentos que no cotidiano já não
funcionam a contento, então porque funcionariam num evento teste? Houve até um
“NÃO” para a apresentadora licenciada Xuxa.
Passado
o ápice do evento, uma “grande” parte de especialistas em mega acontecimentos
visualizaram que as coisas fluíram, se não a contento, porém tinham lá no
horizonte possíveis soluções para o que foram as causas dos problemas.
Só
que a “minoria” dos que acompanharam “INLOCO”
notaram mais dificuldades que coisas bem sucedidas, assim também enxergou o
secretário geral da empresa que organiza a competição mundial “Copa do Mundo”.
Tanto
que os bambas em eventos esportivos tiveram o bom senso de realizar outro “teste”,
que pode, com um pouco mais de seriedade, evitar um vexame mundial para a "Raça
Brasileira” e o seu charmoso e conhecido “Jeitinho”.
Dois
dos acompanhantes do séquito de Luiz Inácio, que prometeram mundos e fundos e apoios
irrestritos sabe-se lá vindos de onde, quando visitaram o monsieur
Blatter, estão
agora do outro lado e alimentam com vastos suprimentos de criticas que o ventilador
se incumbe de espalhar, veja o diz o ilustre escritor Paulo Coelho:
"Fora de questão (participar do
evento)! Eu assistirei aos jogos na TV, mas eu não vou (ao estádio). Eu tenho
dois ingressos para jogos, e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e
Romário, quando a FIFA escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o
que aconteceu desde então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo
diferente de estádios em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas,
transportes. Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo
para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca", disse o
escritor.
Para
o Tetra campeão mundial Romário, outro integrante da comitiva, a época,
deputado federal e agora candidato ao Senado pelo Estado do Rio de Janeiro, a
coisa também não está boa e o popular baixinho externa nestas palavras a sua
indignação com os preparativos e gastos para a realização do evento e a forma
como estão sendo conduzidos os orçamentos das obras:
Confira o que Romário
escreveu no seu site para tentar colocar um ponto final, nessa briga:
Ronaldo,
É o seguinte, te respeito como ídolo, como
boa parte do povo brasileiro. Suas conquistas são inegáveis, fruto de muito
trabalho, superação e bastante suor. Assim como as minhas. Mas como cidadãos
brasileiros, especificamente em relação à Copa do Mundo, estamos em lados
opostos.
Em 23 de dezembro de 2011, o COL convocou a
imprensa e, ao meu lado e de mais quatro deputados federais da Frente
Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência – Mara Gabrilli, Rosinha da
Adefal, Luiz Henrique Mandetta, Otávio Leite –, você anunciou a doação de 32
mil ingressos para este segmento da sociedade. O que você disse no evento está
registrado: "O Romário não tem que agradecer nada. Somos nós é que temos
que agradecê-lo por nos apresentar um projeto desses e nos dar a oportunidade
de fazer uma Copa melhor".
Somente essas palavras, já o responsabilizam
junto com presidente da CBF por esta doação. É muito negativo você vir a
público agora afirmar que não tem responsabilidade sobre este tema. O
descumprimento desta dívida não afeta a mim, nem aos outros deputados, mas
certamente tira a oportunidade de milhares de pessoas que vivem à margem da
sociedade – tanto por preconceito, como por pobreza – de realizar um sonho.
Deixo bem claro que não tenho o objetivo de
jogar você contra nada, nem ninguém. Estou apenas te lembrando de um
compromisso assumido.
Sobre suas acusações de eu ser ignorante ou
oportunista, vou relevar. Afinal, deve ter sido um momento de empolgação ou
raiva da pessoa que escreveu o texto para você.
Outra coisa, você tem dito que o que penso
não lhe importa. Não vejo como ser diferente, porque o que penso, como ajo e o
que falo sempre tem o objetivo de mostrar para todos, da minha forma, a nossa
realidade. Agora, se você acha normal gastar mais de R$ 1 bilhão na reforma de
um estádio como o Maracanã, enquanto se enxerga ao redor deste mesmo estádio,
hospitais sucateados, escolas precárias e transporte público de má qualidade,
segurança temerosa e acessibilidade zero, realmente, você não deve se importa
nem um pouco com o que eu digo. Objetivos diferentes.
Vou além, segundo seu amigo Jerome Valcke,
hoje secretário-geral da FIFA, apesar dos gastos absurdos e esforço que nosso
país vem fazendo, esta Copa tem tudo para ser a pior da história. Algo muito
diferente do que você mesmo pensa. Não é mesmo?
Como representante do COL acredito que você
já saiba que o orçamento da Copa começou em R$ 23,5 bilhões, já está em mais de
R$ 26 bilhões, uma conta que ainda não fechou. Para piorar, apenas 5, das 41
obras de mobilidade urbana foram concluídas, de acordo com levantamentos
recentes.
Em 2007, em Zurique, Suíça (sede da FIFA) ao
lado de Parreira, Paulo Coelho e Ricardo Teixeira, eu afirmei e,
principalmente, acreditei assim como a maioria dos brasileiros que esta Copa
seria a melhor Copa de todos os tempos. Naquela época, a informação que
tínhamos era que a Copa seria 90% financiada com dinheiro privado. Hoje, se
sabe que 98% do dinheiro da Copa é público, ou seja, daquelas pessoas que pagam
seus impostos e o pior, a maioria não conseguirá assistir a um jogo sequer. Há
três anos, desde que assumi meu mandato de deputado federal, tenho posições e
compromissos diferentes. Não é com você, não é com COL, com a FIFA, CBF, ou
Governo. Meu único compromisso é com a população brasileira. Tenho feito a
minha parte, cobrar, denunciar e legislar. E modéstia a parte, tenho feito
muito bem.
Agora aos fatos. Já existe um requerimento
(número 9/2014), aprovado dia 12 de março na Comissão de Esporte, que convida o
presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, e um membro
do COL, no caso você, para esclarecer como será feita a doação.
Então, como foi sugerido, educadamente,
aguardo a sua presença e a do presidente da CBF na Câmara dos Deputados para
debater este tema. Acredito ser este o foro ideal para darmos satisfação à
população, principalmente, para as pessoas com deficiência de baixa renda.
O bom de tudo isso é que independentemente
desta ou daquela opinião, a grande realidade é que quem ousa a discordar é
taxado de oportunista, politico, ignorante, torce contra, e vai por ai afora
uma quantidade enorme de adjetivos perniciosos. Liberdade de expressão!? Temos
que ser vaquinha de presépio?!
Por sua vez, segundo o Jornal Estado de São
Paulo, da última terça-feira (20), monsieur Valcke perderá o
cobiçado cargo de Secretario Geral da FIFA, se o evento Copa do Mundo, a ser
realizado no Brasil, no período de 12 de Junho a 13 de Julho der água, ou seja,
se as coisas não saírem a contento, adeus emprego, ou “rester sans travail”.
Alheio a tudo isso, Carlos Pallos, continua sua luta
solitária para recolocar a Esportiva de Guaxupé no cenário futebolístico
mineiro. Para até coisa de filme, acerta-se uma situação aqui, surge outro
problema acolá. Carlinhos, porém é persistente e também até por uma questão de
honra não deixa o barco mesmo com a maré forte contra. Deixar o barco agora
seria dar a vitória para os negativistas e isso é inadmissível para o
perseverante presidente. Alguns até querem que as coisas sejam feitas como
dantes, ou seja, de qualquer maneira e sem a menor organização.
O presidente espera solucionar todas as pendengas até
o final de julho, para que a equipe possa ser inscrita no Módulo II da FMF e
disputar o acesso para o módulo I de 2015. Se as coisas são difíceis para
equipes do interior em termos de angariar patrocínio, imaginem em ano de copa
do mundo e antevéspera de olimpíadas.