22 maio 2014

Ano ruim para angariar patrocinio

Obviamente quem estava torcendo contra ou não estava presente à inauguração do Estádio do Sport Club Corinthians Paulista, no bairro de Itaquera – zona leste paulista-, no final da tarde daquele domingo, décimo oitavo dia do mês das mães, ouviu, leu e viu inúmeras imagens de televisão. O chamado time do povo bem que precisava de uma casa, mais essa imensa torcida merece um pouco mais de respeito.
Bem verdade que os transportes públicos funcionaram como nunca visto antes no trajeto Centro/Zona Leste. Segundo quem esteve e usou trens, metrô e ônibus, tiveram até a chance de viajarem sentados e sem aperto. E houve quem também reclamasse de que a decantada babaquice de descer do transporte público na catraca de estrada do estádio, como afirmou um simpático cidadão que já lustrou as poltronas do Palácio do Planalto.
Neste turbilhão de informações fiquei a observar alguns pequenos detalhes, ao longo do trabalho de cobertura alguns profissionais da mídia não conseguiram concluir aquela ou outra ligação de telefone, os que tentaram mandar imagens para a sede dos órgãos de imprensa, ou publicar nas redes sociais não lograram êxito, porém entendi que estavam a fazer uso dos equipamentos que no cotidiano já não funcionam a contento, então porque funcionariam num evento teste? Houve até um “NÃO” para a apresentadora licenciada Xuxa.
Passado o ápice do evento, uma “grande” parte de especialistas em mega acontecimentos visualizaram que as coisas fluíram, se não a contento, porém tinham lá no horizonte possíveis soluções para o que foram as causas dos problemas.
Só que a “minoria” dos que acompanharam “INLOCO” notaram mais dificuldades que coisas bem sucedidas, assim também enxergou o secretário geral da empresa que organiza a competição mundial “Copa do Mundo”.
Tanto que os bambas em eventos esportivos tiveram o bom senso de realizar outro “teste”, que pode, com um pouco mais de seriedade, evitar um vexame mundial para a "Raça Brasileira” e o seu charmoso e conhecido “Jeitinho”.
Dois dos acompanhantes do séquito de Luiz Inácio, que prometeram mundos e fundos e apoios irrestritos sabe-se lá vindos de onde, quando visitaram o monsieur Blatter, estão agora do outro lado e alimentam com vastos suprimentos de criticas que o ventilador se incumbe de espalhar, veja o diz o ilustre escritor Paulo Coelho:
"Fora de questão (participar do evento)! Eu assistirei aos jogos na TV, mas eu não vou (ao estádio). Eu tenho dois ingressos para jogos, e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e Romário, quando a FIFA escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o que aconteceu desde então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo diferente de estádios em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas, transportes. Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca", disse o escritor.
Para o Tetra campeão mundial Romário, outro integrante da comitiva, a época, deputado federal e agora candidato ao Senado pelo Estado do Rio de Janeiro, a coisa também não está boa e o popular baixinho externa nestas palavras a sua indignação com os preparativos e gastos para a realização do evento e a forma como estão sendo conduzidos os orçamentos das obras:
Confira o que Romário escreveu no seu site para tentar colocar um ponto final, nessa briga:
Ronaldo,
É o seguinte, te respeito como ídolo, como boa parte do povo brasileiro. Suas conquistas são inegáveis, fruto de muito trabalho, superação e bastante suor. Assim como as minhas. Mas como cidadãos brasileiros, especificamente em relação à Copa do Mundo, estamos em lados opostos.
Em 23 de dezembro de 2011, o COL convocou a imprensa e, ao meu lado e de mais quatro deputados federais da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência – Mara Gabrilli, Rosinha da Adefal, Luiz Henrique Mandetta, Otávio Leite –, você anunciou a doação de 32 mil ingressos para este segmento da sociedade. O que você disse no evento está registrado: "O Romário não tem que agradecer nada. Somos nós é que temos que agradecê-lo por nos apresentar um projeto desses e nos dar a oportunidade de fazer uma Copa melhor".
Somente essas palavras, já o responsabilizam junto com presidente da CBF por esta doação. É muito negativo você vir a público agora afirmar que não tem responsabilidade sobre este tema. O descumprimento desta dívida não afeta a mim, nem aos outros deputados, mas certamente tira a oportunidade de milhares de pessoas que vivem à margem da sociedade – tanto por preconceito, como por pobreza – de realizar um sonho.
Deixo bem claro que não tenho o objetivo de jogar você contra nada, nem ninguém. Estou apenas te lembrando de um compromisso assumido.
Sobre suas acusações de eu ser ignorante ou oportunista, vou relevar. Afinal, deve ter sido um momento de empolgação ou raiva da pessoa que escreveu o texto para você.
Outra coisa, você tem dito que o que penso não lhe importa. Não vejo como ser diferente, porque o que penso, como ajo e o que falo sempre tem o objetivo de mostrar para todos, da minha forma, a nossa realidade. Agora, se você acha normal gastar mais de R$ 1 bilhão na reforma de um estádio como o Maracanã, enquanto se enxerga ao redor deste mesmo estádio, hospitais sucateados, escolas precárias e transporte público de má qualidade, segurança temerosa e acessibilidade zero, realmente, você não deve se importa nem um pouco com o que eu digo. Objetivos diferentes.
Vou além, segundo seu amigo Jerome Valcke, hoje secretário-geral da FIFA, apesar dos gastos absurdos e esforço que nosso país vem fazendo, esta Copa tem tudo para ser a pior da história. Algo muito diferente do que você mesmo pensa. Não é mesmo?
Como representante do COL acredito que você já saiba que o orçamento da Copa começou em R$ 23,5 bilhões, já está em mais de R$ 26 bilhões, uma conta que ainda não fechou. Para piorar, apenas 5, das 41 obras de mobilidade urbana foram concluídas, de acordo com levantamentos recentes.
Em 2007, em Zurique, Suíça (sede da FIFA) ao lado de Parreira, Paulo Coelho e Ricardo Teixeira, eu afirmei e, principalmente, acreditei assim como a maioria dos brasileiros que esta Copa seria a melhor Copa de todos os tempos. Naquela época, a informação que tínhamos era que a Copa seria 90% financiada com dinheiro privado. Hoje, se sabe que 98% do dinheiro da Copa é público, ou seja, daquelas pessoas que pagam seus impostos e o pior, a maioria não conseguirá assistir a um jogo sequer. Há três anos, desde que assumi meu mandato de deputado federal, tenho posições e compromissos diferentes. Não é com você, não é com COL, com a FIFA, CBF, ou Governo. Meu único compromisso é com a população brasileira. Tenho feito a minha parte, cobrar, denunciar e legislar. E modéstia a parte, tenho feito muito bem.
Agora aos fatos. Já existe um requerimento (número 9/2014), aprovado dia 12 de março na Comissão de Esporte, que convida o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, e um membro do COL, no caso você, para esclarecer como será feita a doação.
Então, como foi sugerido, educadamente, aguardo a sua presença e a do presidente da CBF na Câmara dos Deputados para debater este tema. Acredito ser este o foro ideal para darmos satisfação à população, principalmente, para as pessoas com deficiência de baixa renda.
O bom de tudo isso é que independentemente desta ou daquela opinião, a grande realidade é que quem ousa a discordar é taxado de oportunista, politico, ignorante, torce contra, e vai por ai afora uma quantidade enorme de adjetivos perniciosos. Liberdade de expressão!? Temos que ser vaquinha de presépio?!
Por sua vez, segundo o Jornal Estado de São Paulo, da última terça-feira (20), monsieur Valcke perderá o cobiçado cargo de Secretario Geral da FIFA, se o evento Copa do Mundo, a ser realizado no Brasil, no período de 12 de Junho a 13 de Julho der água, ou seja, se as coisas não saírem a contento, adeus emprego, ou “rester sans travail”.
Alheio a tudo isso, Carlos Pallos, continua sua luta solitária para recolocar a Esportiva de Guaxupé no cenário futebolístico mineiro. Para até coisa de filme, acerta-se uma situação aqui, surge outro problema acolá. Carlinhos, porém é persistente e também até por uma questão de honra não deixa o barco mesmo com a maré forte contra. Deixar o barco agora seria dar a vitória para os negativistas e isso é inadmissível para o perseverante presidente. Alguns até querem que as coisas sejam feitas como dantes, ou seja, de qualquer maneira e sem a menor organização.
O presidente espera solucionar todas as pendengas até o final de julho, para que a equipe possa ser inscrita no Módulo II da FMF e disputar o acesso para o módulo I de 2015. Se as coisas são difíceis para equipes do interior em termos de angariar patrocínio, imaginem em ano de copa do mundo e antevéspera de olimpíadas.